segunda-feira, 26 de julho de 2010

Décima postagem! - Poxa é a décima!

Olá caros leitores! Leon aqui! Então é o seguinte, esse é o 10° post do meu blog, mesmo tendo ele vindo uma semana atrasado... Mas há males que vem pra bem, e o bem é que o capítulo hoje de Dimensão do Meio veio bem maior! Deu cerca de 4 páginas no Word e o escrevi com muita vontade, então espero que gostem. Aí está ele.

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~

“Cinco dias...”

-No que está pensando Gabriel?
-Ah, Klarr... Não é nada...
-Não adianta mentir pra mim Gabriel. Eu sei que está preocupada em ter que me escoltar. Não conhece esse mundo, teme o que soube dos monstros. Se mostra tranquilo para esconder o medo. E acha que isso irá lhe ajudar a fazê-lo passar. Mas ainda assim, sabe que isso não será de grande valia.
Estava aturdido. Naqueles últimos minutos minha cabeça e meu coração foram bombardeados com informações novas que desencadearam sentimentos como medo, raiva e solidão crescente. Uma saudade corrosiva.
-Vamos Gabriel, levante-se – tentava me encorajar Klarr - Sabe muito bem que se ficar aí sentado apenas olhando para a paisagem e estando só não irá lê levar a nada. Fora que você precisa aprender a usar a Kleizwar. Não é só por que ela se adaptar a você que você saberá usar-la.
-Eu... Gostaria de ficar um pouco só. Eu preciso colocar minha mente em ordem... Você é esperta, sabe que eu estava pensando e tudo mais... Mas, só quero ficar um pouco só.
-Tudo bem, como achar melhor. Mas precisando de mim só me chamar, vou estar na quarta porta da esquerda.
-Aham...
A entrada no banheiro e minha queda nesse mundo, o como temporário que é o “Choque de Entrada”, os Krill, monstros, Dimensão do Meio... Isso é tão confuso. Tudo tão confuso e tão novo... Mas no fim novidade e confusão resultam em uma coisa: Medo. Pois se uma coisa é nova e confusa ao mesmo tempo ela é desconhecida. É natural do humano temer o desconhecido.
“O medo é comum a todos. Porém os que se livram dela sabem o que é liberdade e alcançam novos céus. Não tenha medo Gabriel!”
Lembrei-me do que o meu amigo Carlos, amigo de infância, tinha dito pra mim quando tínhamos apenas 12 anos... Cara como aquele cara era inteligente.
“Você é fraco. Você teme as coisas rápido. Você não age de impulso, precisa pensar as coisas meticulosamente! Você não sabe que a melhor maneira de arrumar a cabeça é fazendo exatamente aquilo que você não sabe que é onde você encontra suas respostas e aprende coisas novas.”
Meu professor de judô, Alberto. Havia dito aquilo pra mim... Impressionante vindo de um professor de um esporte como esse.
“O mundo só existe quando nós os desbravamos. Se ficarmos sentados em um canto ‘mundo’ será apenas uma palavra vazia.”
E essa frase... É minha.
Levantei-me... O tempo que tinha gasto pensando só nisso fez com que o dia fosse noite. Estava ficando frio, decidi então entrar. Iria fazê-lo.
Antes de entrar uma centelha de curiosidade me ocorreu. Perguntei-me como seria o céu daquele lugar. Olhando para o alto não vi lua alguma, ou qualquer satélite natural que a valesse. Devia ser um fenômeno parecido com a lua nova ou então não tinha lua mesmo nesse lugar. Tantas respostas para um pergunta não tão simples. E uma centelha de curiosidade sobre a lua tornou-se um grande incêndio de curiosidade. Eu realmente queria conhecer esse novo mundo, com horizontes tão diferentes dos que eu estava habituado seriam fascinantes.
Entrei então. Bati na quarta porta a esquerda. Se não fosse o aviso de Klarr sobre ela estar ali mal saberia disso, teria que ir de porta em porta. Bati duas vezes e nenhuma resposta.
-Klarr? Você está aí?
-Ah, Gabriel, estou sim – respondeu a voz de Klarr lá dentro – pode entrar.
-Com licença.
O quarto dela tinha um quê meio arábico, com aquelas camas de marajás e tudo mais. Porém essa era a maior correlação que eu poderia criar do quarto dela com o que eu já tinha visto em minha vida. Era definitivamente diferente, salvo a cama, um móvel parecido com um criado mudo e outro com um armário. A, detalhe, todos em metal. Mas era de se esperar que fosse assim, ela era filha de ferreiro. Os outros móveis que vi não imaginei de o que seriam e para que serviriam. Ela estava sentada na cama, marque minhas palavras, o “sentada” dela definitivamente era algo... No mínimo estranho. De fato ela estava sentada apoiada em duas pernas, porém há um detalhe a mais... Como eles tem 3 olhos, um em cada ponto da cabeça, e três braços e pernas imediatamente abaixo deles, acho que deu pra entender então? Ela sentava de um modo que deixava duas das pernas pros lados e uma para frente. Estranho, muito mesmo. Passado o choque em um segundo – me prezo de que meus choques quando vejo coisas estranhas são bem rápido em passar – me dirigi até ela.
-Eu decidi.
-Imaginei que sim, e qual é a sua resposta?
-Eu vou.
-Por quê?
Nesse momento o olho que estava virado para mim imediatamente faiscou, de um modo que me pareceu o seu pai olhando minha aura, porém de modo ainda mais intenso. Parecia interessada, tanto por curiosidade e por cuidado. Eu seria seu guarda-costas.
-Esse mundo, ele é novo pra mim. Eu estou curioso sobre o que tem nele. Seja cheio de monstros ou coisas do tipo, eu, ainda assim, quero desbravá-lo. Antes morrer aprendendo do que ficar parado em um canto fazendo nada.
-Interessante... Uma resposta que de fato não esperava ouvir. Pensei que diria algo do tipo que tem uma dívida a quitar. Mas achei sua resposta ainda mais fascinante. E acima de tudo. Diz a verdade. – mais uma vez ela me olhou com aquele olho faiscando – e tem um fogo nos olhos...
Ela se levantou, se dirigiu até a mim e falou:
-Gabriel, a partir de amanhã você irá treinar o uso de Kleizwar com a melhor pessoa que conheço que a usa. Mesmo sendo em 4 dias, você ira manejar a Kleizwar tão bem, mas tão bem que parecerá que esteve treinando por ao menos 4 meses.
-Nossa! Ele é bom assim?
-Sim, muito. E de certo modo a Kleizwar é uma arma de fácil assimilação. Ela funciona tanto como proteção quanto uma espécie que multiplicador de força. Não sei explicar bem, mas creio que isso seja pelos mecanismos que há nela.
-Então, é mais que um simples punho protetor...
-Exato. E acho que dizer que é uma espécie de punho protetor é errado.
-Como assim?
-Acho que seria mais como uma proteção aos braços.
-Ah sim.
-Bom, com licença Gabriel, preciso fazer o jantar.
ROOOOONC
Foi assim que meu estômago fez na menção daquela palavra.
“Jantar”
-Nossa. O que foi isso – Falou assustada Klarr – Alguma fera?
-Err... Não... Foi... Meu estômago... Eu to com fome.
Ela me olhou assustada com aquele barulho. Pensando bem, como diabos eu ainda não tinha sentido fome? Eu imagino que tenha ficado coisa de 2 dias sem comer NADA! E ainda assim não senti fome... Vai entender...
-É assim que os humanos fazem quando sentem fome?
-Mais ou menos, são os nossos estômagos que fazem isso... Isso acontece quando temos muita fome... Bom, o que vai ter pro rango?
Sorri amarelo como sempre faço quando digo algo que soa vergonhoso.
-Vai demorar só mais um pouquinho! Os meus irmãos devem estar famintos também!
-Irmãos?
-Sim! São os que trabalham com o meu pai. Mas pra falar a verdade eles não foram fecundados pela minha mãe e pelo meu pai. Pros humanos isso seria como “filho adotivo”, não?
-É normalmente sim.Ah é, tô pra te perguntar uma coisa a algum tempo sobre a fecun...
-Klarr, anda logo, estamos famintos! – falou Maklos que tinha acabado de entrar no quarto – E o Gabriel mais ainda!
-Hey, vocês não responderam a minha pergunta da fecun...
Sons de passos altos e o falatório subsequente abafaram minha pergunta, até o final do jantar, e logo após foram todos dormir, menos Maklos que ficou fazendo a Kleizwar. Por sinal, foi ali que conheci a pessoa que iria me treinar. Esqueci de comentar, havia outro humano ali, o nome dele era Giuseppe, mas disse que conversaríamos melhor no dia seguinte. E assim a noite passou rápida para eles, mas para mim...
Eu me vi em minha casa, com minha família: Meu pai Augusto, minha irmãzinha Cláudia e minha avó Sabrina. Eles estavam felizes, com um detalhe, sem mim. Ao que parecia eles tinha esquecido de mim. Aquilo me fez acordar no meio da noite com lágrimas nos olhos, e assim que voltei outro pesadelo me atormentou. Ao invés de minha família, dessa vez foram meus amigos que povoaram meu sonho, ou melhor, meu pesadelo. Era a mesma coisa. Como se eles tivessem esquecido de mim, e o pior, minha consciência dizia que aquilo de fato tinha acontecido, eles tinham esquecido de mim. Não tinha deixado nenhum rastro da minha existência no meu mundo. Nenhuma.
Acordei no dia seguinte triste e abatido.
Tomei meu café-da-manhã junto com os irmãos de Klarr, e naquele momento descobri que eles eram assim considerados que quando um Krill ferreiro começa a trabalhar com outro eles eram considerados como filhos desse ferreiro, e então presumi que Klarr era filha única.
-Ei, Gabriel.
-Hã? – me virei, era Giuseppe – Ah! Giuseppe...
-Que cara amuada é essa homem? Tem que estufar o peito por mais cansado que esteja, é assim que um homem mostra a que veio. Me diga, o que houve?
Giuseppe devia ter por volta de 35 a 37 anos, era parrudo, meio calvo e tinha traços físicos italianos.
-Não é nada de mais... Só não estou acostumado com as noites desse mundo ainda.
-É assim mesmo. No fim você se acostuma e os pesadelos vão embora.
-Peraí! Como sabe que tive pesadelos?
-Por que todos os humanos quando vem para esse mundo tem eles, e normalmente são as mesmas coisas sempre. Ser esquecido pelas pessoas que você nunca esqueceria.
-Você... Passou por isso?
-Não. Eu vim para esse mundo em período de guerra. Ou melhor, quando meu país estava em guerra.
-Seu país? Qual era seu país?
Aquilo era no mínimo impressionante. Se essa guerra fosse a 2ª Mundial então aquele homem de 35 anos teria vindo a esse mundo a mais de 75 anos!
-Itália. Recém unificada. Por que garoto?
-Isso... Isso... Isso é simplesmente... Nossa nem tenho palavras para definir isso!
-Eu tenho: Normal.
-O QUE?! NORMAL?
-Ei, ei, ei, não grite! É normal sim. Já conheci centuriões de César para você ter uma idéia. Chegar nesse mundo de diferentes épocas é comum. Apesar desse mundo ser antigo. Bem antigo.
-E incrivelmente para alguém da década de 30 você é tranqüilo quanto a isso...
-Eu cheguei a esse mundo com meus mais a de 19 anos. Estranhamente aqui também o ano tem 365 dias e um ano bissexto. Mas isso não é importante. Eu vou te ensinar o que é realmente importante. Usar as Kleizwar.
-Certo.
-Antes eu tenho que te explicar o que elas fazem. As Kleizwar não servem apenas como proteções mas também como ampliadoras de força física, tanto para agarrar quanto socar.
-A Klarr tinha me dito isso.
-Bom, isso então facilita as coisas. Mas – ele pega um par de braçadeiras de metal dentro de uma caixa que ele tinha trazido consigo – treinamento prático é sempre melhor, aqui, pegue.
Assim que ele as estendeu eu pegue, e então...
-Pesado! – deixei elas caírem no chão – Ops...
-Hahaha, essas Kleizwar não foram feitas para você, por isso são mais pesadas. Na verdade não tem como você usar elas, elas são minhas.
Giuseppe pegou as Kleizwar dele e as colocou,.
-Aqui, você pode usar essas luvas de metal que são comuns.
Elas eram de fato pesadas, mas não tanto quanto as Kleizwar do Giuseppe.
-Tá, e agora?
-Está vendo aquelas placas de madeira?
-Sim.
-Quebre-as, quero 85 no final de 2 horas.
-O que?! Isso é impossível!
-Se você assim achar será. Mas será tão difícil assim?
Giuseppe se virou bruscamente e varou um soco no meio de uma dessas placas, e a esmigalhou e pequenos pedaços...
-I-Incrível! Mas...
-Sem mais, comece a fazer isso agora.
Ele então se sentou em um pedra que havia perto dele e ficou me obserrvando.
Soquei a primeira placa, não doeu, mas não quebrou
-Mais força, Gabriel, assim você não alcança a marca.
Mais uma tentativa. Frustrada, e outra, e outra, e outra... Minhas mãos estavam dormentes e eu ainda estava na primeira tábua, elas eram grossas demais. Até então...
-Minhas mãos estão molhadas... – tirei as luvas e um líquido viscoso vermelho escorreu – Sangue... – era muito- Eu, preciso estancar agora! – começou a arder – Caraca, que saco...
-Aqui, enfaixe com isso – Giuseppe me estendeu uma toalha fina para estancar o sangue – E volte a treinar.
-Você é louco? Eu tenho que limpar isso!
Corri para a casa e entrei no banheiro, lavei as mãos e vi que estava com vários cortes e manchas roxas, isso tudo em um pequeno período de tempo.
-Ai... Saco...
Comecei a enfaixar os braços para impedir que o sangue continuasse a fluir.
Esse pequeno incidente seria apenas o primeiro de muitos naquele curto período de tempo.

“Quatro dias...”

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~


Eu, também estou muito ansioso para o que virá daqui para frente. Pra falar a verdade, algumas idéias eu tenho no momento em que eu estou escrevendo... Grande escritor eu, não?
Bom por hoje é isso! Espero vê-los em uma próxima (breve) ocasião.

Until Next Time!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nono Encontro - gogogo Leon! Você consegue continuar!

Olá caros leitores, como têm passado? Bem eu espero!
Seguinte, essa semana trago a vocês mais um capítulo do “Dimensão do Meio”. E os capítulos que vocês tem lido dessa estória são prólogos, e essa estória se conectará a duas outras estórias minhas: As sagas de “Austril” um projeto meu, de cerca de 11 anos e de “Novo Mundo”. Com o passar do tempo irei falar mais delas. Mas sem mais delongas, aqui está o 4º capítulo de “Dimensão do Meio”!

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-

-Gostaria que escoltasse minha filha até uma cidade, um tanto quanto distante daqui.
-Ah sim... Fico aliviado em saber... Mas por que eu?
-Não posso deixar a forja e nem posso enviar nenhum dos meus companheiros. E ultimamente nenhum aventureiro tem passado por aqui.
-Aventureiro? Como assim?
-Eles gostam de ser chamados assim... A maior parte é humana como você... Ou melhor... São parecidos com você. Isso não vem ao caso. O que importa é que eu preciso que você faça esse favor pra mim.
-Certo... Eu o farei. Mas... Por que confia em mim assim?
-Por que não confiaria? Você não tem por que querer algum mal a minha filha. Mas fique calmo quanto a necessidade de suprimentos para sua viagem. Terá água, comida e equipamentos necessários.
-Que equipamentos serão esses necessários para a viagem?
-Barracas, lampiões, uma arma e algumas proteções.
Aquilo tinha me soado muito estranho. Arma, para o que?
-Para que uma arma? Há bandidos por aqui?
Estava assustado, mas...
-Não muitos, ao menos não nessa área, porém há muitos monstros por aqui. Esse é o ponto médio entre mundos. Há mundos que não são tão seguros quanto os seu ou o meu. É algo necessário.
Aquilo me deixou apavorado!
-Como assim monstros!? Você, sem mais nem menos me salva, me dá comida, banho e me diz que quer que eu leve sua filha até uma cidade e no caminho tem monstros? Ah claro! Você não tem noção!
-Me desculpe, mas poderia falar mais baixo? Não estou mandando você sem mais nem menos. Essa é a cidade mais próxima, que é 2 dias de viagem daqui. Não tem como você ficar aqui, você não sabe forjar e nem tem o corpo para minerar. E o equipamento que lhe darei já é o pagamento pela escolta.
-Aham, e eu sei usar uma arma ou coisa do tipo!
-Quando disse que somos habilidosos forjadores não estava mentindo.
-O que quer dizer com isso?
-Forjamos aquilo que é mais adaptável para o usuário.
Fiquei confuso, e somado isso com minha raiva e medo fiquei completamente perdido. E com isso só expressei isso com uma só palavra:
-Hã?
-Temos a habilidade de conseguir criar qualquer coisa que seja de metal para ser capaz de adaptar ao usuário. Por exemplo, pegando suas medidas, peso, e vendo seu tipo de Aura podemos saber a arma de que se adapta melhor a você.
-Aura... Como assim Aura? Como se fosse uma energia não visível ao olho humano que tem haver com a personalidade e com a condição emocional da pessoa?
-Exato, a única diferença é que nós, os Krill, podemos ver as auras das pessoas. Ou melhor, das coisas. Isso é um dos fundamentos de nós sermos excelentes em forjar. E por sinal, como sabe disso?
-É que eu fiz faculdade de psicologia no meu mundo.
-Ah, entendo. Faculdade... Ainda não estou acostumado com essa palavra. Ela não existe no meu mundo.
-Verdade?
-Sim, existem palavras que não existem em outros mundos, embora todos aqui consigam falar a mesma língua.
-Todos falam a mesma língua? Pensando bem, agora que mencionou percebi que fala mesma língua que eu. Mas qual o porquê disso?
-E por que não?
-É que no meu mundo existem mais de 300 línguas diferentes...
-Estranho, todos no meu mundo falam a mesma língua. Mas estranhamente... Eu entendo o que você quer dizer... E me lembro de outros humanos como você dizerem a mesma coisa. Isso deve ser um mistério do seu mundo. Agora tenho uma pergunta para você. Não sente falta do seu mundo?
-Não tem como sentir ainda. Para mim... Parece que eu estou viajando, mas sei que daqui a algum tempo eu sentirei falta de meus amigos e da minha família.
-É isso é compreensível... Mudando de assunto, preciso da sua resposta, vai ajudar minha filha ou não?
-Ao que parece não tenho muita escolha mesmo. Sim, eu irei.
-Ótimo, preciso tirar as suas medidas de braços, pernas, dedos, cabeça, tronco... Ah, do seu corpo todo, acho que você me entendeu.
-Entendi sim. Agora?
-Quanto mais cedo melhor.
Ele começou a medir todas as partes do meu corpo onde tinham articulações. Viu meu peso com uma balança que parecia ser de pressão. E olhou atentamente para mim, ou melhor, para minha Aura, imagino eu.
-Certo... Acho que Kleizwar vá servir...
-Cleixvá?
-Kleizwar, é um tipo de punhos protetores. Acho que você irá se adaptar bem. Me dê 5 dias, por esse tempo sinta-se em casa, você pode pedir a minha filha para lhe mostrar as redondezas.
-Certo... Mas... Ainda tenho dúvidas em meu coração.
-Será assim. Aprendi como é o coração humano com as pessoas que conheci...
-Aprendeu? Creio que não Maklos. Nem nós, humanos aprendemos.
-Uhm... –Maklos pareceu surpreendido por essa frase – Entendo... Mas ainda assim... Vocês são fascinantes.
-Ih! Saí pra lá cientista maluco! Com licença, imagino que tenham um trabalho para acabar.
Maklos riu.
-Gosto desse seu espírito! Continue assim. Agora... Ao trabalho!
Saí da sala de forja e me dirigi para fora da casa, que do lado de fora percebi que era oval e tinha vários dutos de o que, ainda achava, serem de água. A casa era em uma colina e ao lado pude ver que tinha uma entrada para algo que parecia ser uma mina. Pensei então que os metais usados por eram retirados dali. A vista era bonita, bem diferente em questão de arvores e cores de pedras, mas ainda assim era uma vista bem bonita.

Porém aquela vista poderia ser comparada a uma mulher assassina. Bela... Porém mortal...

Cinco dias até meu mundo mudar... E minha jornada para mudar meu mundo...

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-

Então, como sempre eu pergunto: O que acharam?
Bom, próxima semana eu postarei o capítulo seguinte. E eu digo, as coisas vão ficar brabas!
Bom, um abração aos meus leitores e leitoras!

Until next time!

domingo, 4 de julho de 2010

Oitavo Encontro - Tirando a camada tripla de poeira

Olá caros leitores, como tem passado nesses últimos seis meses de hiato? Bom, sinceramente, hiato que nada, eu particularmente estava com preguiça e falta de inspiração mesmo... Peço desculpas a vocês, sinto muito, foi irresponsabilidade minha. Porém nesses meses que se passaram procurei novas inspirações, idéias, noções, opiniões e o mais importante de tudo: A mim mesmo. Pois bem, sigamos em frente, pois não posso mais olhar longinquamente a frente, mas vamos por passos lentos. Hoje trago a vocês mais um capítulo de "Dimensão do Meio" e o capítulo de uma nova estória minha, um trabalho conjunto que ainda está por começar, mas o que será escrito aqui é um prólogo. O nome da estória é "Otaku no Hibi: As Crônicas do Leão Uivante". Logo de cara uma explicação: Otaku no Hibi é um grupo de pessoas que gostam ou tem alguma simpatia pela cultura japonesa, eu sou um dos coordenadores desse grupo. Mas embora ele seja um grupo ativo pequeno, somos muitos unidos, e em homenagem a eles, me comprometi de escrever o que vai acontecer em uma mesa de RPG um tanto quanto especial. No futuro serão dados mais detalhes sobre a estória, então aguardem! Então, a viagem meus amigos!

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-

-Ah... Dormi bem... Me sinto bem melhor agora. Onde será que o... O... Ah, esqueci o nome dele... Como era mesmo...
-Maklos, e ele está na sala. Como está se sentindo?
-Huh? Você... Você é a... Klarr, não é isso?
-Isso, sou a Klarr. - ela sorri - Engraçado, você esquece do nome do meu pai e se lembra do meu.
-Hã? Não se impressione com isso, minha memória é estranha mesmo. Lembro de umas coisas e esqueço de outras.
-Certo, certo... Mas pelo visto seu corpo já está adaptado. Isso é bom.
-Imagino que você tenha passado por isso também.
-Não, não passei... Sou nativa, ou quase...
-Nativa, você... Nasceu aqui?
-Meus pais já vieram pra esse mundo fecundados. Por isso sou meio-nativa. Mas no fim sou nativa mesmo, não se preocupe com essas coisas.
-Entendi... Peraí? Fecundado...
-Excelente! É muito bom saber que você já está bem. - Maklos entrou - E você realmente tem sorte, um humano viajante lhe deu essas roupas. Vamos levante-se, precisa tomar um banho pra ficar bem!
-Ah, Maklos! Obrigado mesmo! Mas eu tenho uma pergunta, sobre a fecun...
-Pai, leva ele no banheiro logo, ele ta ensopado de suor!
Realmente, eu tava todo suado. Pelo jeito devo ter tido febre.
-Por aqui, por aqui!
Enquanto andava pela casa guiado por Maklos até o banho, vi que era uma casa com um corredor principal, com a entrada da casa nele. Os cômodos eram dispostos todos nesse corredor. Pelo numero de portas, havia oito cômodos. Não pude saber quais eram eles, alguns estavam fechados. Mas...
-Nossa ta quente aqui...
-São as nossas forjas. Nossa raça é extremamente habilidosa com metais. O banho é aqui.
-Obrigado Maklos!
-De nada!
Amplo, circular, e cavado no chão, assim é o banho. É como se fosse um ofurô gigante, mas a água não tem cara de ser quente. E...
-Nossa! A água tá morna, no ponto! Que bom...
Demorei coisa de meia hora, aproveitei bem o banho.
-Gabriel? Já terminou? - Era a Klarr - Meu pai quer falar com você. Por sinal, as roupas estão estendidas na parede a esquerda.
-Obrigado Klarr. Já as vi, tô saindo daqui a pouco!
Me vesti, as roupas ficaram um pouco largas, mas ajeitei um pouco. Elas eram um tanto quanto rústicas, como seriam roupas do século XVIII, ao que parecia, a tecnologia daqui não é muito avançada...
Saindo do banho, Maklos me esperava do lado de fora, ele, ao que me parecia, já que não consigo ler muitas emoções deles, fora o sorriso, me parecia bem preocupado e, além disso, parecia que queria me pedir algo.
-Gabriel, poderia me seguir? Creio que tenhamos que conversar...
-Claro... Mas do que se trata?
-Tenho um favor para lhe pedir.
Sabia, acho que não é a toa que eu escolhi seguir a faculdade de Psicologia...
Entramos em uma das salas da casa, era uma forja... Ao menos parecia. A estrutura era bem complexa. E vendo agora, dutos, que pareciam ser de água, circulava pela sala toda, provavelmente para esfriar o local. Haviam alguns utensílios sendo feitos por outros três Krill, coisas simples como panelas e garfos.
-Bom Gabriel, em troca da hospitalidade que lhe ofereci gostaria de lhe pedir um favor, muito importante por sinal.
-Do que se trata? – na hora tinha pensado: “Sinceramente, tomara que não envolva nada grande a ser feito” – Algo a ser feito aqui?
-Não, não aqui, e se trata, de certo modo com a minha filha.
-Sua filha? – Nessa hora me desesperei, pensava em coisas como casamento, estilo as histórias de forasteiros salvos por índios americanos e coisas do tipo – O que... O que que o senhor quer?
-Gostaria que escoltasse minha filha até uma cidade, um tanto quanto distante daqui.

Mal sabia eu, que ali, a minha vida que já estava de ponta cabeça, seria posta do avesso...

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-

E agora o Prólogo da estória Otaku no Hibi: As Crônicas do Leão Uivante.


-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-

“Que calor é esse? Essa chama... Eu... Eu não o conheço. Mas... Estranhamente... Parece que ela me conhece...”.

Acordo olhando para os lados, estou em uma espécie de escadaria em local aberto, é um campo bem cuidado, pensando melhor, parece mais um jardim. Tem animais aqui. Pássaros, cães, gatos, coelhos. Eles parecem não se importar comigo. Na verdade parecem estar... Não, animais não ficam felizes com estranhos.
Minhas pernas estão formigando um pouco, da mesma maneira que eu as sinto quando estou muito cansado. A pergunta então é, por que estou cansado... Ou melhor! Como não percebi isso antes! Onde eu estou?! Eu não era pra estar aqui quando... Quando...
-Ei! O que você está fazendo aqui? Ah, que se dane, não me importo com esses detalhes. Até é bom que você esteja aqui.
-Quem é você?
Depois de ter perguntado veio o choque. Aquela pessoa tinha olhos e cabelos vermelhos como ferro aquecido, mas que ainda assim tinham uma luminosidade incrível, como se nunca tivesse perdido sua força de vontade. Mas, mesmo tendo os olhos vermelhos que de longe seria a característica mais estranha havia outra que contrastava ainda mais. Bem mais. Ele era idêntico a mim em todos os outros aspectos. Fisicamente falando, mas olhando melhor ele tem uma postura mais ereta, mais orgulhosa.
-Olha só que pergunta tosca, vinda especialmente de uma pessoa tosca como você. Você sabe como ferir o orgulho das pessoas, Leonardo. E não devia se orgulhar por isso.
-Ira? É... Você?
Isso seria impossível, fisicamente, psicologicamente e muitos outros “mentes”. Ira é minha Personalidade Matriz. Ou melhor, uma das Personalidades Matrizes.
-Arg... Ainda me chama de Ira? Não sou Ira, não sou sua Raivinha do mundo e tudo mais seu Emo! Eu sou o Orgulho! Que a muito você tem esquecido e subjugado.
-Orgulho. È tenho que assumir que a muito tempo não tenho sentido orgulho de muitas coisas... Mas tenho orgulho dos meus ami...
-Não me venha com esse papo de orgulho de amigos! Eu falo de orgulho de você mesmo! Você se mantém sempre um nível abaixo dos outros, só pra não se machucar, só pra não se sujar. Você tem medo. Você sempre temeu o mundo de fora, nunca quis se orgulhar de algo. Nunca! Você... Você... ARG! VOCÊ NÃO PASSA DE UM VIADINHO ASSUSTADO!
-O que você disse?
A raiva fluía por dentro de mim. Não... Não... Ninguém pode falar isso de mim... Nem eu mesmo... Medo? Eu? Não... Não tenho medo do mundo... Eu...
-Lá vai você de novo pras suas lamentações e perguntas sem reposta concreta e rápida.
-Você não tem o direi...
POFT!
Latejando, doendo e quente. Depois de ter ouvido um som parecido com esse do soco que tomei, era assim que eu sentia meu rosto.
-SEU IDIOTA! POR QUE VOCÊ FEZ ISSO!?
-Pra você sair dessa, seu viadinho lerdo.
-PARA DE ME CHAMAR DE VIADINHO E DE LERDO!
-Para... Para... – esse modo... Infantil de me provocar repetindo algo que disse... Isso desde sempre me levou apenas a um lugar... – Você não apren...
POUFT!
-O que você disse seu idiota? Repete, repete pra mim agora!
Os olhos vermelhos - dessa vez impressionados - olhavam pra mim. E o rosto ficou vermelho, mais que os olhos dele com o soco do lado direito. No momento seguinte os olhos dele flamejavam. Não de raiva. Mas de...
-Cara, agora você me deixou orgulhoso! Fazia tempo que eu não via esse seu fogo explodir. Era esse o Leonardo que eu queria ver! Agora sim!
Ele se recompôs, esfregou a mão onde eu soquei, se aproximou e ele me olhou dessa vez não orgulhoso, com raiva ou com ar impressionado. Era preocupação profunda.
-Leonardo, estamos com um problema, e problema dos grandes.
-Qual problema?
-Sua mente, é esse o problema. Você está perdendo ela, e nem está percebendo por si.
-O que?! Como assim?! Minha... Mente? Não, isso não faz sentido!
-Então ser socado e sentir a dor por um soco dado por mim faz sentido? Não se esqueça, eu existo na sua mente. Por sinal... Bem vindo a sua mente. Só que dessa vez, de alma inteira.
-Minha mente... Qual o problema então?

“No fim das contas a chama me conhecia sim. E eu a conhecia também. Pois eu havia a criado. Só não me lembrava”.

Otaku no Hibi: As Crônicas do Leão Uivante
Em breve...

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~--~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~--~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~--~-~-~-~-~-~

Então meus caros leitores? O que acharam do retorno? Espero que muito mais venha em frente! Espero o apoio e retorno de vocês, as suas opiniões como sempre são muito importantes!
Então é isso! Nos vemos na próximas meus caros.

Until next time!